50 candeeiros foram roubados de outras tantas campas no cemitério de Lordelo. Os furtos ocorreram em duas noites seguidas e causaram um prejuízo a rondar os dois mil euros. A Junta de Freguesia, responsável pela gestão do cemitério, teme que novos assaltos venham a acontecer, até porque, sustenta o seu presidente, Joaquim Mota, a autarquia não tem meios para reforçar a segurança do espaço.
O autarca está convencido que os candeeiros roubados tenham sido vendidos a sucateiros da região que, usualmente, receptam material furtado para o derreter e colocar novamente no mercado.
A primeira vez que o cemitério foi assaltado foi na noite de quinta-feira, dia 27 de Janeiro . No entanto, o crime só foi descoberto quando as primeiras mulheres chegaram para visitar os familiares e arranjar as campas onde estão sepultados. Na noite seguinte, os ladrões voltaram ao mesmo local e roubaram o mesmo tipo de objectos.
Ao todo, foram furtados 50 candeeiros colocados em cima ou ao lado das campas e utilizados para colocar uma vela a arder. "Cada candeeiro custa entre 35 e 40 euros", refere o presidente da Junta de Freguesia de Lordelo.
Segundo Joaquim Mota, "os ladrões devem ter saltado o muro de vedação", visto que o portão manteve-se sempre fechado. "Deve ter sido também um grupo organizado, pois levaram muitas peças em pouco tempo", refere o autarca.
Joaquim Mota acredita ainda que os candeeiros roubados, alguns feitos em cobre, foram vendidos a sucateiros da região e que já se encontram derretidos para que o material possa ser comercializado, novamente, no mercado.
Após os dois assaltos, Joaquim Mota pediu à GNR para reforçar a vigilância ao cemitério, sobretudo através de rondas nocturnas. "Tenho receio que voltem para roubar bustos ou estátuas que lá se encontrem", diz.
O medo é ainda maior por não ser possível à autarquia reforçar as medidas de segurança do espaço. "Não sei o que fazer para impedir mais assaltos. A Junta de Freguesia não tem dinheiro para contratar um guarda-nocturno", lamenta.
Fonte: Verdadeiro Olhar
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