domingo, 29 de janeiro de 2012

Posto da GNR de Lordelo continua por concluir


Obra reclamada há mais de 20 anos, o novo posto da GNR de Lordelo teima em não ficar concluído. Primeiro foram os sucessivos protocolos entre o Governo e as instituições locais a não ser cumpridos e, agora que a obra já está no terreno, são os imbróglios entre o empreiteiro e a Câmara de Paredes a atrasar a conclusão da infra-estrutura.
Enquanto isso, 33 militares trabalham numas instalações que o próprio comandante do Destacamento da GNR de Penafiel considera "miseráveis, degradantes e com algum grau de risco".
Só nos tempos mais próximos, o novo posto da GNR de Lordelo chegou, em 2004, a ser alvo de um protocolo entre o Ministério da Administração Interna (MAI) e a Junta de Freguesia de Lordelo.
Já em Maio de 2008, o então secretário de Estado Rui Sá Gomes assinou novo protocolo para que o posto fosse construído num terreno situado junto à escola primária. Previa-se que a obra fosse rapidamente concluída, mas em Abril do ano passado foi outro governante, Conde Rodrigues, a anunciar que os guardas teriam uma nova casa em Outubro.
Hoje, três meses depois da data anunciada, o novo posto continua sem ter tectos falsos, louças nas casas de banho ou o ar condicionado ligado. Falta ainda pintar toda a estrutura, terminar as ligações eléctricas e colocar o chão no exterior.
"Tudo apontava para que a obra estivesse pronta em Outubro do ano passado. Não sei o que se passa para que ainda não esteja concluída, mas sei que faz muita falta", afirma o capitão Babo Nogueira.
Ao VERDADEIRO OLHAR, o presidente da Câmara de Paredes refere que não é por falta de pagamento que o novo posto da GNR não está pronto. "O empreiteiro tem mostrado alguma dificuldade na conclusão da obra", diz Celso Ferreira.
Daniel Pereira, administrador da empresa José Nunes Pereira S. A., confirma que a dívida da autarquia é, neste momento, de apenas 17 mil euros. "Mas já houve bastantes atrasos durante a obra. Recebemos a primeira tranche com vários meses de atraso", recorda.
O responsável da empresa explica também que "havia muitos projectos de especialidade que estavam desactualizados e que tiveram de ser reformulados", o que justifica parte do atraso.
A obra também abrandou o ritmo na altura das eleições legislativas à espera das directrizes do novo Governo.
Por fim, declara o administrador, desde Junho que o acesso ao posto está vedado a camiões. "O município está a abrir uma avenida e tapou a entrada com terra. Não conseguimos lá entrar com veículos pesados", frisa.

Fonte: Verdadeiro Olhar

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