domingo, 24 de outubro de 2010

Aliados já tem presidente

António Ferreira Sousa assume presidência do Aliados de Lordelo

A possibilidade do clube fechar portas, acentuada com a obrigatoriedade de pagar 41700 euros de indemnização à família de um árbitro agredido em 1998, foi o mote para dezenas de pessoas aceitarem integrar a direcção do Aliados de Lordelo.
Na segunda-feira, numa Assembleia-Geral extraordinária, António Ferreira Sousa foi eleito novo presidente e, desde logo, apelou à união dos sócios. "Se todos ajudarmos com um euro que seja vamos conseguir", garantiu.


Dono da empresa de móveis Almanovas, em Lordelo, António Ferreira Sousa chegou ao Aliados há três anos. "Fui convidado pelo então presidente António Lemos", explicou.

Nas últimas três épocas, foi desempenhando diferentes funções e, no ano passado, assumiu a chefia do departamento de futebol, já com Manuel Valente na liderança.

No início da semana passada começou a ser pressionado de forma mais intensa para assumir a presidência e, perante o impasse directivo, acabou por ceder. "Tinha pensado descansar e esperava que alguém deitasse a mão ao clube. Só que ninguém o fez e eu andava triste, porque via o clube do meu coração a ficar derretido", justificou.

Assim, na segunda-feira à noite, António Ferreira Sousa respondeu afirmativamente à pergunta feita pela presidente da Assembleia-Geral em exercício, Manuel Barbosa, e entregou a lista com os nomes que, pouco depois, foram eleitos para os órgãos sociais.

Para além de António Ferreira Sousa, foram aprovados como presidentes-adjuntos Filipe Costa e Domingos Sousa, assim como António Lemos, Manuel Fernando Ribeiro, Mário Ribeiro, Fernando Ferreira e Paulo Sousa para vices-presidentes. O tesoureiro será Leonel Moreira e a Assembleia-Geral passa a ser presidida por Henrique Madureira.

"Temos uma tarefa difícil, mas não impossível. Com muito trabalho vamos levar este barco a bom porto", sustentou, perante dezenas de sócios, o novo presidente. Mais tarde, aos jornalistas, António Ferreira Sousa voltou a mostrar confiança na resolução dos problemas que têm afectado o clube, nomeadamente a recente condenação em Tribunal. "É uma situação que vamos estudar e que acredito a que vamos dar a volta. Um dos meus sonhos é liquidar todas as dívidas do clube", frisou.

Filó começou a época como treinador do Aliados de Lordelo, mas acabou por sair da equipa técnica, desde então entregue a Paulo Fernando, ex-director técnico, e a Duarte, adjunto do agora técnico do Espinho. "Foi uma saída pacífica. Ele teve um convite do Espinho, que é a sua terra, e decidiu aceitar", explicou José Mota, que renunciou à hipótese de assumir o comando da equipa.

Também para o novo presidente a prioridade é manter a estabilidade e, como tal, Paulo Fernando e Duarte deverão continuar nas actuais funções. "Para já, vamos continuar com esta equipa técnica", revelou António Ferreira Sousa.

Mas, salientou o mesmo responsável, tudo está dependente dos resultados. "Se eles forem bons, o Paulo Fernando e o Duarte vão continuar a ser os nossos treinadores até ao fim", disse.

Fonte: Verdadeiro Olhar

"O Português Voador"

A vida do ciclista Lordelense Ribeiro da Silva encontra-se, desde este fim de semana, a ser retratada na peça de teatro “O Português Voador”, no Auditório da Fundação A LORD.


Produzido pela Associação Astrofingido e encenado por Fernando Moreira, o espectáculo conta com a participação de actores profissionais e amadores locais, tendo, estes últimos, frequentado a Oficina de Teatro promovida pela mesma Instituição.

“O Português Voador” é um projecto realizado pela Astrofingido, com o apoio da Fundação A LORD e da Direcção Geral das Artes Ministério da Cultura.

Os bilhetes para os dias 29 e 30 encontram-se à venda na Fundação A LORD, ao preço de 3,5 Euros.

Fonte: Blog da Fundação A LORD

Aliados condenado

Decisão, referente a jogo de 1998, não é passível de recurso
Aliados de Lordelo condenado a pagar 41700 euros à família de árbitro agredido

O Aliados de Lordelo viu o Supremo Tribunal de Justiça confirmar a sentença que o obriga a pagar uma indemnização de 41700 euros à família do árbitro agredido no final de um jogo que se realizou em 1998. A decisão, sem hipótese de recurso, coloca em causa o futuro do clube, precisamente numa altura em que se tinha encontrado um sócio disponível para assumir a presidência do clube.


Na próxima segunda-feira há Assembleia-Geral para discutir este assunto.

Clube corre o risco de fechar portas

A notícia caiu que uma bomba em Lordelo. Os directores do Aliados ficaram a conhecer à dias a decisão do Supremo Tribunal de Justiça relativamente ao processo judicial em que a família de Jorge Humberto, árbitro assistente no jogo que opôs a equipa de Paredes ao Sousense, pedia uma indemnização de 110 mil euros.

O Aliados de Lordelo já tinha sido condenado pelo Tribunal de Paredes em 46 mil euros e pelo Tribunal da Relação numa verba inferior e que agora foi confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça. Segundo o acórdão, o Aliados de Lordelo violou a lei que consagra que o túnel de acesso aos balneários "deve ser construído tendo em vista a protecção, entre outros agentes do fenómeno desportivo, dos componentes da equipa de arbitragem".

Já em primeira instância, o Tribunal tinha considerado que as condições de segurança não estavam totalmente garantidas, o que sempre foi contestado pela advogada do clube, Manuel Barbosa. "Continuo a defender que o que se passou não foi da responsabilidade do Aliados de Lordelo. O clube tomou todas as medidas de segurança necessárias para aquele jogo", referiu a causídica depois da leitura da sentença, altura em que realçou ainda o facto de "a avaliação do risco do jogo e das condições de segurança ser da responsabilidade da GNR".

Certo é que o Aliados de Lordelo tem de pagar 41700 euros, valor que poderá colocar em causa o futuro do clube. Quem o diz é o presidente da Junta de Freguesia de Lordelo e director da instituição, Joaquim Mota. "Se tivermos de pagar ficará muito complicado, senão impossível, continuar com o clube. O valor a pagar é quase metade do orçamento para a época", refere.
Para Mota, a decisão agora conhecida "é lamentável e, sobretudo, uma injustiça", visto que, diz, "o árbitro nunca esteve em coma e morreu de doença e não em consequência dos ferimentos".

O autarca lamenta, por fim, que a sentença tenha sido conhecida um dia depois de se ter encontrado um sócio disponível para assumir a presidência do Aliados de Lordelo. "É um dia negro e voltou tudo à estaca zero", resumiu.

Caso tem 12 anos

O caso remonta a 1998, quando, numa das últimas jornadas do campeonato, o Aliados de Lordelo, com aspiração a subir de divisão, recebeu o Sousense. O jogo correu de forma tranquila até cinco minutos do fim, altura em que a equipa de arbitragem assinalou uma grande penalidade contra a equipa da casa, que colocou o resultado empatado a duas bolas.

No final do encontro, os adeptos do Aliados de Lordelo invadiram o campo e encurralaram, durante 30 minutos, os árbitros no túnel de acesso ao campo. Passado esse tempo, os três homens tentaram chegar aos balneários, mas, segundo a acusação, Jorge Humberto, foi atingido na cabeça por pedaços de cimento arremessado por um adepto situado em cima da placa dessa infra-estrutura. O clube de Paredes sempre negou esta versão e defendeu que o árbitro caiu e bateu com a cabeça.

Este caso também foi alvo de um processo-crime deduzido pelo Ministério Público, mas acabou arquivado por não se ter descoberto quem arremessou os pedaços de cimento. Jorge Humberto não se conformou com a decisão e avançou com um processo cível, mas acabaria por falecer há sete anos.

A mulher e a filha do ex-árbitro continuaram, no entanto, com o processo.
Fonte:Verdadeiro Olhar

 
© 2007 Template feito por Templates para Você