domingo, 9 de setembro de 2007

Torre dos Mouros ou dos Alcoforados

A Torre dos Mouros ou dos Alcoforados, foi considerada como Imóvel de Interesse Público, pelo decreto nº 45/93, Diário da Républica nº 280, de 30 de Novembro de 1993. Implanta-se numa pequena elevação rochosa, no quintal de uma vivenda de um piso de construção recente, no limite NE do aglomerado de casas do lugar da Torre.
A casa em que esta torre se integra, terá pertencido aos fidalgos Cirnes do Largo do Paço das Patas, hoje Campo 24 de Agosto (Porto).

Torre de planta quadrangular com r/c e dois pisos, é constituída apenas pela estrutura arruinada das quatro paredes de silhares graníticos, assenta directamente no afloramento rochoso, mais elevado. A fachada principal apresenta ao nível do r/c uma porta de arco de volta inteira com uma verga em arco adintelado.
No primeiro e segundo pisos, rasgam-se frestas geminadas de arco quadrado com chanfro externo. A fachada lateral SO é totalmente fechada ao nível do r/c e apresenta duas janelas de frestas geminadas nos dois pisos superiores. As frestas do segundo piso alinham-se no eixo central da fachada e as do primeiro localizam-se à direita. A fachada posterior é a mais fechada, possuindo apenas no segundo piso duas frestas geminadas do mesmo tipo das anteriores. A fachada lateral NE apresenta no eixo central do segundo piso duas frestas geminadas e, no primeiro, descentrada para o lado esquerdo, uma porta de arco quebrada com chanfro que servia um varandim de madeira, coberto, de que restam as consolas de apoio, ao nível da soleira da porta e da cobertura.
O interior encontra-se desprovido das estruturas de madeira que constituíam os pavimentos, sendo evidentes os encaixes dos respectivos travejamentos. Os paramentos apresentam estrutura vertical sem ressaltos. As janelas de frestas geminadas apresentam pelo interior um arco abatido e bancos laterais, ou «conversadeiras». As do segundo piso e uma do primeiro piso, a da fachada SE, apresentam apenas um banco e as restantes dois. Os maineis entre frestas geminadas apresentam orifício horizontal para a tranca.
A sua utilização inicial era a de habitação/militar. Foi construída entre os séculos XIV e XV. A sua tipologia é de torre senhorial.

Ponte Romanica


O lugar de Penhas Altas, junto ao Rio Ferreira, possui peculiar encanto ribeirinho mercê da sua envolvência paisagística e do relevante acervo patrimonial edificado que a integra. Alçada sobre as buliçosas águas do Rio Ferreira, em trecho marcado pelas penedias que lhe vão juncando o leito, acha-se uma curiosa e rudimentar estrutura granítica, integrando dois aros de volta perfeita e vulgarmente conhecida por “Ponte Romana” de Penhas Altas.

De reduzidas dimensões (já que o curso do rio, neste trecho, não obrigaria a maior amplitude), a tosca Ponte Granítica apresenta um pavimento em lombo asinino, conservando um muito irregular lajeado de revestimento.



Os dois arcos, de confecção grosseira, são constituídos por rudimentares e adelgaçadas aduelas, de extradorso não regularizado. Quanto ao enchimento, esse então foi providenciado com um verdadeiro amontoado caótico de blocos por aperfeiçoar. Não existem talha-mares (um avantajado bloco de ghranito nativo defende o pegão central, a montante, contra potenciais investidas torrenciais das águas em maré-cheia) e as respectivas guardas são simples alinhamentos, muito irregulares também, de blocos sumariamente afeiçoados.
Esta ponte, considerada um ex-libris da freguesia, foi já de forma errónea e verdadeiramente disparatada, considerada “um exemplo da alta técnica de construção dos Romanos”. Na verdade, tratar-se-á antes de uma construção baixo-medieval (ou mesmo já de época moderna).

Os Moinhos

Os moinhos, envolvidos numa paisagem bucólica, verde e rural, marcaram definitivamente o passado da freguesia. Lordelo desenvolveu-se muito à custa da sua indústria de panificação, proporcionada pelos típicos moinhos, com a ajuda do Rio Ferreira.


E se essa actividade se foi extinguindo ao longo dos anos, certo é que ainda existem alguns em laboração, no lugar de Penhas-Altas.


No Brasão de Lordelo, vem mesmo uma alusão aos moinhos (“a roda-penada”), fazendo lembrar os tempos de outrora.

Mosteiro dos Cónegos de Santo Agostinho

Na antiga Castanheira existiu o importante Mosteiro dos Cónegos de Santo Agostinho, fundado no século XIII e extinto no século XVI. Durou relativamente pouco tempo, mas foi de extraordinária importância na história da região. Depois de pertencer aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, foi anexado in perpetuum, pelo Bispo do Porto, D. João de Azevedo, à Mesa Pontifical da Catedral do Porto.
Hoje não existe nesse local qualquer vestígio do convento.

"Cales"


«Cales» era uma conduta destinada às águas de rega (monumento rudimentar) com três a quatro metros de altura e 100 metros de comprimento, aproximadamente, hoje desumanamente destruída por ignorância e egoísmo.

Os Cruzeiros

-Cruzeiro da Independência

Está localizado no alto da Serra de Meda, lá no seu pináculo, muito próximo da cadeia Civil do Norte, onde a fé cristã e o amor patriótico do povo lordelense implantou no ano de 1940 uma cruz baptizada com o nome de Cruzeiro da Independência.
Altivo e dominador lá se encontra a varrer com os seus olhos um vasto horizonte, entrando por cinco ou mais concelhos. Voltados com o rosto para nascente, apreciam toda a cidade de Lordelo.
Além do património, este é também um local de lazer, dada a sua beleza natural, e a paisagem que se pode deslumbrar.
Aqui, realiza-se no 3º Domingo de Junho a Festa da Paróquia, que assinala o encerramento do ano pastoral.


-Cruzeiro do Largo da Igreja

Localizado a poucos passos da igreja paroquial, em pleno cruzamento, aparece esta belíssima coluna em granito encimada por uma cruz, estando envolvida por um espaço ajardinado, atestando a fidelidade de um povo a uma religião secular. O espaço envolvente foi muito recentemente remodelado pela Câmara Municipal de Paredes.
-Cruzeiro na EN 209



-Cruzeiro do Vinhal

"Quadras Soltas"


"Quadras Soltas" é o primeiro livro de poesia de António Silva, mais conhecido "O Barbeiro", cuja 1ª edição remonta a Janeiro de 2006.
António Silva nasceu em Penafiel, em 10 de Abril de 1948, e vive em Lordelo. Exerce a profissão de barbeiro, em estabelecimento próprio. Nas horas livres gosta muito de escrever quadras. Neste livro estão compiladas as melhores quadras que escreveu, para diversos gostos e temas.

"S. Roque foi imigrante
Milagroso mais que uma vez
Era natural de França
Mas em Lordelo era Português."

Casa de Vila Chã


Construída no século XVIII, é um edifício da época pombalina e a atestá-lo estão as suas linhas arquitectónicas e a vetustez das suas paredes de granito.
Apesar da sua importância, é um edifício um tanto ao quanto esquecido, que se vai degradando através dos tempos.

Locais de Culto

- Igreja Matriz e Salão Paroquial



A igreja que hoje se vê, tendo integrada a casa paroquial, não é a mesma que serviu Lordelo durante muitos anos. Da igreja primitiva apenas resta a capela-mor, ladeada à entrada por duas colunas em pedra em cujos capiteis apareceram esculpidas figuras estilizadas de animais e plantas (ao gosto do estilo romântico). Segue-se a parte moderna ampla e funcional destinada a receber um maior número de fiéis para os actos litúrgicos. A sua restauração data do ano de 1900.







- Capela de S.Roque



Trata-se de um modesto templete, de reduzidas dimensões. Edificada em granito, a estrutura mostra uma humilde frontaria marcada pela porta principal, rectangular e de emolduramento liso, esta sobrepujada por um janelão gradeado do mesmo formato; ao alto da respectiva empena surge uma singela cruz de cantaria.
Não sendo possível datar com precisão a sua construção, crê-se não se errar muito ao atribuí-la à segunda metade do século XVIII, ou inícios da centúria seguinte. O culto a S.Roque costuma relacionar-se com surtos de peste que, até aos inícios do século passado, provocaram numerosos votos, traduzidos na erecção de templetes. A festividade religiosa que aqui tem lugar anualmente recai sobre o segundo Domingo de Junho.


(Junho de 1988)


(Junho de 2008)





-Capela de Nossa Senhora do Alívio



Situada no lugar do Vinhal, é uma construção de linhas simples mas harmoniosas, e que sofreu uma remodelação à poucos anos.
A estrutura ostenta agora uma curiosa volumetria e harmoniosas linhas ao gosto contemporâneo, com recurso à técnica do betão. Destaca-se sobretudo a frontaria, de peculiar silhueta resultante da integração , a um dos flancos, de uma espécie de torreão sineiro vazado por amplo fenestramento em forma de cruz latina; a porta principal é recortada em arco de volta perfeita, tendo ao lado uma janela-nicho de interessante formato “parabólico”. Os vãos dos alçados laterais são também rasgados em arco redondo ressaltando da imaculada alvura das paredes lisas.
A festa móvel que aqui tem lugar anualmente, reverte para a quinzena posterior à Páscoa.





-Capela de S. José


Esta capela, situada no lugar de Corregais, na EN 209, é o local de culto mais recente da freguesia. Sofreu obras de requalificação há poucos anos, tendo ficado então com a aparência actual.
O seu interior, com linhas muito modernas, tem o aspecto de um auditório, ficando o altar no fundo da longa escadaria. O santo de culto, é o mesmo que lhe dá o nome, S. José.

Encontr'artes 2007


Decorreu no passado fim de semana, mais uma edição do Encontr'Artes, o encontro das artes com o público. Ao longo de três dias e em três locais diferentes (Paredes, Rebordosa e Lordelo), a população teve á disposição espectáculos musicais, interpretações musicais, teatrais e malabarismos vários. EmLordelo, no dia 2 da parte da tarde,actuavam no Jardim Central, os “Face Invaders”, um espectáculo que alguns apelidaram como sendo “do outro mundo”.
Recorde-se que os “Face Invaders”, peça da autoria do grupo Cia. Artelier? apresentam-se como seres alienígenas, com caras pintadas e cabelos desarranjados no formato “Encontros Imediatos de Terceiro Grau”. Ao invés de assustar ou impressionar o público (que era bastante), conseguiram contagiá-lo e foram muitos os que se deixaram contagiar e se ofereceram para que o grupo os pintasse e fizessem construções nos seus cabelos. Um sucesso, portanto.

As "Casas Altas"


Alcandoradas em um amplo terraço sobranceiro à Igreja Matriz de Lordelo, erguem-se duas vistosas mansões, conhecidas por Casas Altas, Casas dos "Brasileiros" ou ainda Palacetes dos Silvas. Foram mandadas construír por Arnaldo Moreira da Silva e a sua esposa, após o regresso do Brasil onde estiveram emigrados. São duas excelentes casas-torre do século XIX, iguais na volumetria e semelhantes nos pormenores. Com fachada integralmente revestida a azulejo monocromático, são imóveis de manifesto interesse artístico e técnico: os jardins que ainda persistem, a longa escadaria de pedra, as colunas e capiteis, o tanque onde ainda corre, proveniente de uma velha mina, a água que alimenta toda a pequena quinta, as flores, as vinhas…

Pároco de Lordelo


Rui Manuel Dias Martins Pinheiro, natural da freguesia de Refojos, concelho de Santo Tirso, nasceu a 29 de Setembro de 1944.

Aos 26 anos de idade foi ordenado padre, e em Dezembro desse mesmo ano, celebrou a missa Nova em Lordelo. É Pároco da freguesia desde que foi ordenado, até à data actual.

 
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