quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mastro "de Lordelo" não vai ser construído

A Câmara Municipal de Paredes já não vai construir um mastro com cem metros de altura e que seguraria a maior bandeira nacional. Isto porque nenhuma empresa se disponibilizou para construir o monumento até ao valor máximo de 280 mil euros.

Como o concurso público ficou vazio, Celso Ferreira garante que o processo fica definitivamente encerrado e promete transferir a verba para a habitação social.



A polémica instalou-se quando a maioria PSD na Câmara Municipal de Paredes apresentou o Orçamento para 2011. Numa das rubricas, o executivo municipal destinava um milhão de euros para a construção de um mastro com cem metros de altura e com uma bandeira de Portugal que, prometia o edil, seria a maior do país e uma das maiores do mundo.

A medida logo mereceu várias críticas tanto a nível local, como nacional, mas o tema foi sendo esquecido até que, recentemente, foi aberto o concurso público para a construção do monumento.

No caderno de encargos, a autarquia acrescentou que o mastro seria edificado no Cruzeiro de Meda, em Lordelo, que seria feito em aço e com uma base em betão. A bandeira ficaria com um tamanho de 25 por 16,67 metros e o preço de construção baixaria de um milhão para 280 mil euros.

A inauguração teria lugar a 5 de Outubro, dia em que é celebrado o centenário da República portuguesa.

Porém, ao concurso público aberto pela Câmara Municipal de Paredes nenhuma empresa concorreu. É o próprio Celso Ferreira quem confirma a ausência de interessados na construção do mastro. "Houve várias consultas, mas nenhumas propostas. As empresas entenderam que a margem de lucro era mínima. O mercado assim o entendeu e nós respeitamos", explica o autarca.

Neste cenário, Celso Ferreira garante que a "Câmara não reabrirá o processo", deixando cair um projecto que, continua a defender, seria interessante para a projecção de Paredes no país. "Não fico desagradado. Este foi um projecto acolhido com entusiasmo pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, mas que devido à conjectura económica não foi possível concretizar", sustenta.

Agora, Celso Ferreira promete transferir os 280 mil euros previstos para a construção do mastro para a habitação social, nomeadamente para a requalificação de casas degradadas espalhadas pelo concelho.

Já a comemoração do centenário da República será realizada através de eventos culturais já programados. "É importante que as pessoas reflictam sobre a República, que implantou um modelo organizativo que permitiu um desenvolvimento que de outra forma era impossível de alcançar", concluiu.

Fonte:Verdadeiro Olhar

1 comentários:

B. disse...

Penso que era uma quantia exorbitante para um monumento não tanto assim. Pelo menos é a minha opinião e, por isso, penso que o dinheiro pode ser melhor aplicado em outras situações que melhor beneficiam as populações.

 
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