domingo, 9 de setembro de 2007

Ponte Romanica


O lugar de Penhas Altas, junto ao Rio Ferreira, possui peculiar encanto ribeirinho mercê da sua envolvência paisagística e do relevante acervo patrimonial edificado que a integra. Alçada sobre as buliçosas águas do Rio Ferreira, em trecho marcado pelas penedias que lhe vão juncando o leito, acha-se uma curiosa e rudimentar estrutura granítica, integrando dois aros de volta perfeita e vulgarmente conhecida por “Ponte Romana” de Penhas Altas.

De reduzidas dimensões (já que o curso do rio, neste trecho, não obrigaria a maior amplitude), a tosca Ponte Granítica apresenta um pavimento em lombo asinino, conservando um muito irregular lajeado de revestimento.



Os dois arcos, de confecção grosseira, são constituídos por rudimentares e adelgaçadas aduelas, de extradorso não regularizado. Quanto ao enchimento, esse então foi providenciado com um verdadeiro amontoado caótico de blocos por aperfeiçoar. Não existem talha-mares (um avantajado bloco de ghranito nativo defende o pegão central, a montante, contra potenciais investidas torrenciais das águas em maré-cheia) e as respectivas guardas são simples alinhamentos, muito irregulares também, de blocos sumariamente afeiçoados.
Esta ponte, considerada um ex-libris da freguesia, foi já de forma errónea e verdadeiramente disparatada, considerada “um exemplo da alta técnica de construção dos Romanos”. Na verdade, tratar-se-á antes de uma construção baixo-medieval (ou mesmo já de época moderna).

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